Media Poveiros

Uma cidade em que a imprensa local está consciente da importância de boas práticas jornalísticas, que apoia a liberdade de expressão e valoriza a diversidade de vozes e opiniões, é uma cidade em que a informação vive e prospera. 

Comunicação e literatura, na Póvoa de Varzim, possuem laços antigos. A 1 de janeiro de 1870, o primeiro periódico poveiro, a “Gazeta da Póvoa de Varzim” entrou em circulação, dirigido pelo romancista Manuel Pereira Lobato. Seguindo o exemplo do bissemanário “Distrito de Évora”, também dirigido por outro escritor, Eça de Queirós, a sua fundação surge da vontade de um grupo de poveiros que ousou noticiar a vida na cidade: melhoramentos urbanos, vida social, progresso das classes comercial e artística, bem como a lavoura e a pesca.

De breve duração, a “Gazeta” foi logo sucedida por outros jornais, que conviveram por mais ou menos tempo, e constituem importantes registos de uma fase crucial no desenvolvimento económico, social e cultural da Póvoa de Varzim. É nesta época, finais do século XIX, que se edificou a estância balnear poveira. O desenvolvimento urbano está, então, refletido nos conteúdos noticiosos da época, que assinalam estas mudanças. Inúmeras publicações preservadas, disponíveis em meios físicos e digitais na rede de Bibliotecas de Leitura Pública da Póvoa, constituem um património valioso e indispensável, quer pela sua qualidade crítica, quer pela dimensão temporal que retratam. 

 Os formatos da comunicação atualizaram-se e já não se vive só de informação impressa. O conteúdo mediático vê hoje os seus horizontes alargados, sobretudo graças ao alargamento do acesso à Internet, permitindo, assim, a divulgação de produção jornalística em formato audiovisual. Prova disso é a existência de uma WebTV e de múltiplos websites dedicados à promoção da informação a nível local.

Para além do papel social dos órgãos de comunicação social, enquanto provedores de informação e defensores da liberdade de expressão, são também importantes parceiros na promoção da cultura na cidade. A relação entre os media a literatura é, portanto, refletida na cobertura de eventos literários, como por exemplo, o Festival Correntes d’Escritas. Nos últimos 5 anos, mais de 500 profissionais oriundos de mais de 20 países da Península Ibérica, África e América do Sul, estiveram presentes no festival. No total, foram divulgados em cerca de 2.000 notícias, 3.500 publicações nas redes sociais, com emissões especiais de 50 programas de televisão e rádio em direto a partir do Festival e atingindo em média 33% dos portugueses.    
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